Deixara a alma vagar lentamente pela escuridão profunda da mentira, e ela seguia, os olhos arregalados de medo eram invisíveis no escuro, assim como as coisas em volta dela. Em um momento pausado essa alma finalmente viu a luz, mas não soube se era um presente carinhoso ou um infortúnio inesperado; não sabia se desejava viver na escuridão para continuar barrando os olhos achocolatados de enxergar algo à frente, ou se deveria mostrar gratidão por voltar de uma fuga da realidade.
Tristeza
Antes vagava abandonada,
depois mudou,
confusa, recatada,
sentindo a consciência pesar,
eternamente marcada.
Ó, pequena garotinha,
antes eras tão risonha,
mas pararas de sorrir.
Pois sua face tristonha
recusou-se a seguir?
Não tentou se erguer.
Em lágrimas padeceu.
Se deixou sofrer.
Fingindo que morreu,
ou sem vontade de viver?
Ó, pequena garotinha,
Como te chamas?
Eras tão pequenininha,
e agora estás tão grande,
não mais uma criancinha.
A pequena crescida
que toca a alma,
acompanhando-a na descida.
Vivendo eternamente na pobreza,
a constante tristeza.
Ah, o céu. Antes mostrava-te tão nublado, tão cinzento, tão feio mas tão belo. Contemplar o teu azul é um presente; deixar-me envolvida no calor do teu sol é uma dádiva. Sinto-me livre perto de ti! Livre como o mais belo pássaro que sobrevoa por tuas terras celestes. Liberdade? Necessito encontrar! Com a ajuda dessa tua forma infinita, encontrarei a felicidade caminhando... Em liberdade.
Em promessa da minha alma perdida, tento ser franca a ti: sinto-me retalhada por uma lâmina envenenada. Como se nunca voltasse ao normal nesses tempos conturbados. Sinto minha cabeça repleta de pensamentos desnecessários. Mas não deixarei essa minha alma perder-se na tristeza; ela não voltará a ver a pequena menina, prometo a ti.
Um juramento? Uma promessa? Não. Uma superação.
(aham, poema mega fail. primeira vez, preciso de um desconto por isso)
