Four Seasons

A intenção não é fazer de tudo um texto bonito, e sim, refletir sobre esses sonhos incertos.

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terça-feira, 9 de março de 2010

Confissões.

  Não sou nenhuma santa para dizer que me sinto injustiçada, assim como é algo humanamente hipócrita falar de justiça, já que ela por si própria é uma utopia. Porém, não sei se o termo correto para dizer alguma coisa sobre isso é "subestimada". Porque ao mesmo tempo, estou sendo superestimada.

  Quem nunca passou por isso? Às vezes as pessoas pensam que estão fazendo brincadeiras, mas na verdade dizem coisas que ferem, e praticamente nos obrigam a fazer coisas que não queremos. Desvalorizando as outras opções com o intuito de nos convencer.

  Parece que quem passa por isso está sendo egoísta, mas na verdade são elas que não estão pensando em quem está praticamente sendo forçado. Porque simplesmente é algo que elas não gostam, algo que elas não querem, algo que de tão irritante chega a ferir os sentimentos.

  Mas simplesmente não há como elas compreenderem. Principalmente quando se tem uma personalidade como a minha.

  Mas nem tudo são rosas e as pessoas precisavam nascer sabendo disso.

  Talvez o meu maior problema é que as pessoas subestimam o que eu sinto. Céus, não seria qualquer coisa, e nem é como pensam. É bem pior. O problema é que isso leva a me tornar mal interpretada. A partir do momento em que demonstro meu interesse, às vezes excessivo, por determinada coisa, qualquer comentário que farei depois disso levam-nas a pensar em uma coisa. Me desagrada. Ou pior, às vezes me dá vontade de chorar. Às vezes, dá vontade de seguir o conselho do meu coração e passar o tempo sozinha. Afinal, sempre deixei claro que sou muito mais feliz quando estou sozinha.

  Voltar no tempo parece tão tentador, ao mesmo tempo que afasta as pessoas. Eu queria poder voltar no tempo. Eu queria poder ser a criança inocente e sem tantas preocupações que eu já fui um dia. Queria ter parado por lá, pelo resto da minha existência. Seria tudo tão fácil.

  Não gosto de desabafar sobre mim, não gosto de incomodar as pessoas narrando minha vida ou meus problemas. E às vezes a sinceridade me dá medo.

  Mas é que reprimir a verdadeira frustração e tristeza por trás de sorrisos, cantoria e alegria acaba cansando, não é?