Four Seasons

A intenção não é fazer de tudo um texto bonito, e sim, refletir sobre esses sonhos incertos.

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Qualquer palavra agora...

... Soará mais como um triste desabafo de minha parte, porque é isso que eu preciso fazer.
Sempre as pessoas arranjam um motivo para serem depressivas, ou então tornam esse problema sério algo extremamente banal ao se auto-diagnosticarem. Reconheço que minha condição não é depressão, apenas excessiva preocupação. Com motivos, claro.
Até o momento em que a morte se torne tão próxima, você nunca acreditará que ela existe. Mas ela precisa estar realmente muito próxima para você realmente acreditar que ela existe. Experiência própria.
Ver um parente querido, um avô, não é o suficiente.
Porque não te deixa com a sensação de vazio que lhe diz "um dia será você".
Junto com essa consciência vem o medo. A preocupação. O medo que você sente se torna uma moeda com seus dois lados opostos; um medo egoísta de saber como será sua vida depois de determinado momento, e o medo pela pessoa.
Ainda que eu diga isso, tenho esperanças de que nada mais grave virá a acontecer com ninguém. Não estou simplesmente me entregando a uma realidade incerta.
Torço para que nada aconteça. Na verdade tenho até certeza de que nada vai acontecer.
Até o momento em que ela fala outra coisa que me deixe com medo